Nasci com fé, e a menos que algum acontecimento muito traumatizante
me possa arrancar, ela estará sempre comigo. E mesmo que por algum
desastre a perca, terei sempre a sua memória e a sua falta, uma ferida
que dói. Dói sem parar como um membro decapado, e tal como este, a
memória do que já foi não se vai, pois existe sempre uma dolorosa
cicatriz que nos recordará diáriamente a sua existência.
E porque
digo eu que nasci com fé, já agora?! Desta forma tão indubitavelmente
física, quando costumamos atribuir esta a uma área emocional da nossa
vida?
Eu nasci com fé, pois nasci com a certeza inquestionável de
um Deus amoroso, carinhoso e com compaixão infinita que me acompanha em
cada momento da minha vida.
Acredito, acreditei e poderei
continuar a acreditar neste Entididade Divina cheia de Luz que nos
acompanha, porque sempre a senti lá.
Não vou dar nenhum relato
estraordinário de uma Luz Divina que iluminava todos os meus sonhos, ou
de um amigo imaginário vestido de vestes resplandecentes que me
acompanhava durante a infância.
Ao invés disso, a explicação é
muito simples.
Sempre que estava sozinha sentia-me acompanhada.
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