quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A Pausa

Estou aqui. No momento em que a minha cabeça parou, as emoções apagaram-se, questiono tudo de uma forma geral e já sem desespero. Porquê?!
Uma pergunta que já nem espero ver respondida pois as vozes na minha cabeça calaram-se, e não tenho quem me ajude a discernir o real do imaginário, nem esperança de sentir...
Eu, como me conheço, não estou cá, não estou presente para me dar apoio, direcção, companhia, certezas...
E então percebi!
Percebi o que pode sentir alguém que nunca tenha tido fé, o desamparo, a solidão, a incredibilidade no bom perante a dificuldade.
Percebi o quão desesperante pode ser nunca ter conhecido a fé, e surgiu em mim compaixão.
Compaixão sem julgamento.
Compaixão por quem não se sente acompanhado, logo não tem fé.
Compaixão por quem não se lembra e fica doente.

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