quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Ética

Assume-te!
Responsabiliza-te!
Tens de ser mais mais forte do que o mundo inteiro, mesmo quando te encontras deitado e dorido pelas feridas do caminho. O cansaço pode ser tal que te sentes dormente, perto da inconsciência, mesmo assim não deves perder a capacidade de distinguir o certo do errado.
É o que faz de ti quem tu realmente és. Saberes, com toda a certeza, no fundo do teu ser, o que está certo a cada momento, e agires de acordo com o que sabes.
A questão é que, mesmo sabendo não ages de acordo com a tua vontade, mas com o que consideras ser a vontade dos outros.
Ou por preguiça, ou por não quereres pensar, ou por achares que não és suficientemente adequado para tomares as tuas próprias decisões, ou simplesmente por quereres desesperadamente integrar-te, deixas que outros tomem a decisão por ti. Às vezes são coisas pequenas, outras vezes não.
Depois, quando dás por ti, já foram tantas as decisões não-tomadas neste estado de dormência que, de repente, a vida já não é tua.
E foram tantos os momentos em que abdicaste de quem és, que procuras e não te encontras.
Aí, resta-te apenas encontrar o silêncio.
Quando o conseguires encontrar, agarra-te a ele! É no silêncio que todas as vozes do mundo exterior se calam. É só lá que poderás reencontrar alguma paz.
E atenção, que eu disse que encontras paz, pois é possível que te tenhas desmembrado de tal forma que não te consigas encontrar. Apenas no silêncio encontrarás refúgio.
E se te conseguires refugiar durante tempo suficiente, perceberás que ainda resta um pouco de ti. E essa voz, que é tua, falará.

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